VÍDEO: conheça o trabalho da psicóloga voluntária em ONG de Camobi

Foto: Gabriel Haesbaert
Para Sandra Freitas, a recompensa do voluntariado está na felicidade das crianças que frequentam o Cantinho do Bem

Há um ano, a psicóloga Sandra Freitas, 54 anos, faz parte da rotina da ONG Caras do Bem. Ela dedica os conhecimentos adquiridos durante a graduação na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) de Santiago para um projeto que oferece amor e carinho aos pequenos: a Brinquedoteca Cantinho do Bem.

Durante o período que estudou na URI, a profissional já demonstrava interesse por causas sociais e chegou a trabalhar de forma voluntária do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da Terra dos Poetas. Entretanto, é em Santa Maria que Sandra encanta, diariamente, a vida de crianças atendidas pela ONG.

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No local, que fica na Rua Heitor da Graça Fernandes, na Cohab Fernando Ferrari, a psicóloga presta atendimento gratuito e permanente, fazendo desde a entrevista com os pais que levam as crianças à Brinquedoteca durante o dia até o contato direto com os pequenos, realizado durante o período de brincadeiras.

A criadora e coordenadora da entidade beneficente, a aposentada Roquélia Marquezam Bianchin, 63 anos, conta que o convite para que Sandra viesse ser voluntária nas ações da ONG Caras do Bem foi ocasional. Enquanto esperava o marido na Praça Saldanha Marinho, ela puxou assunto com Sandra:

- Eu não a conhecia, mesmo assim, iniciei uma conversa. Durante o bate-papo, falei a respeito do trabalho do Caras do Bem. Logo, ela falou que gostaria de se envolver em um projeto social.

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Ao se formar em Psicologia, Sandra desejou se inserir em algum ambiente que lhe proporcionasse experiências. Assim, a Brinquedoteca Cantinho do Bem caiu como uma luva para ela. Da mesma forma, as atividades desenvolvidas por Sandra são essenciais para a instituição.

Atualmente, o espaço kids da casa onde está o projeto atende cerca de 17 crianças. A maioria delas fica da manhã até o final da tarde no lugar, e algumas passam lá apenas alguns turnos, em ocasiões esporádicas, quando os pais precisam sair, por exemplo. Na residência, que é alugada, as crianças ganham alimentação e desfrutam de outras recreações.

PARA PAIS E FILHOS
Sandra, que é de São Leopoldo, comenta que, neste trabalho, não só as crianças são beneficiadas. Ela estende o atendimento aos familiares dos pequenos:

- Nosso objetivo é a saúde mental dos filhos e dos pais. Analiso as situações do cotidiano enfrentadas pela família. Além do mais, minha meta inclui auxiliar na solução de conflitos que possam interferir no emocional das crianças.

A técnica em enfermagem Tatiana Nothen, 42 anos, foi voluntária do Brinquedoteca Cantinho do Bem no período que estava desempregada. Há dois anos, a filha dela, Clara, 4, fica na instituição durante o dia. Tatiana se surpreendeu com a atenção oferecida por Sandra:

- Ela me deu o número do telefone pessoal dela para que pudéssemos conversar sempre que eu precisasse. Ela tem ajudado muito no desenvolvimento de minha filha.

POR UM MUNDO COLORIDO
Para a psicóloga, o convívio com as crianças é enriquecedor. Conforme ela, cada sinal de melhora nelas é resultado de várias ações desenvolvida por quem deseja um futuro melhor.

- Poder pintar um colorido diferente no crescimento e na passagem destas crianças pelo projeto é de suma importância. Deitar na cama e poder dormir com a consciência de dever cumprido para com a sociedade é o meu prazer.

*Colaborou Rafael Favero